No post de hoje, iremos tocar em um ponto importante para todas as famílias brasileiras: o controle da vida financeira familiar.

Adotar essa prática é fundamental para ter uma boa relação com dinheiro, ter as contas em dia e ter muita qualidade de vida.

Infelizmente, esses privilégios não estão para muitos brasileiros. Segundo pesquisa da Fecomércio de São Paulo, em janeiro de 2021, o índice de famílias endividadas superou a marca de 66%.

Isso é muito grave, mas pode ser contornável com uma educação financeira de qualidade, e é esse o objetivo do nosso conteúdo.

Por isso, separamos 12 dicas práticas de orçamento familiar para você aplicar em sua casa. Quer conhecê-las? Continue com a gente!

O orçamento familiar

O orçamento familiar nada mais é que o controle dos ganhos e despesas de um grupo de pessoas que vivem juntos. Com essa prática, você conseguirá manter as contas em ordem.

Isso porque você consegue visualizar de forma ordenada e pragmática como as movimentações financeiras funcionam em sua família.

Antes de começar, precisamos pensar na receita, que assim como dissemos, é dividida em ganhos e gastos. Veja o que pode entrar em cada uma dessas categorias:

  • Ganhos: salários, rendimentos de poupanças ou outros investimentos, freelas, pensões, etc;
  • Gastos: despesas da casa fixas como alimentação e contas de água, luz e telefone e despesas eventuais como vestuário e gastos com medicação, por exemplo.

Agora que sabemos separar cada uma das categorias, é importante que a gente faça uma distinção entre orçamento pessoal e orçamento familiar.

  • Orçamento pessoal: seu salário ou fonte de renda qualquer e seus gastos pessoais;
    Orçamento familiar: renda de todos os componentes da família e os gastos que envolvem a dinâmica familiar.

Diferenciar esses dois tipos é muito importante, pois nem todos os gastos com a sua casa devem ficar por sua conta, caso haja mais pessoas com renda.

Além disso, é importante que você separe os gastos com você e os gastos que envolvem dependentes como filhos ou pessoas que não tem renda.

Definir esses pontos é fundamental para que a gente passe para a próxima etapa, que são as 12 dicas práticas de orçamento familiar. Se você já entendeu tudo, vamos prosseguir, ok?

12 dicas práticas de orçamento familiar

É fundamental que os gastos e ganhos da família sejam bem definidos para que os gastos possam ser manejados.

Por isso, separamos 12 dicas práticas de orçamento familiar para que você e sua família possam desfrutar de uma vida financeira mais tranquila. Vamos lá?

1. Saiba o quanto você ganha

Antes de você saber das despesas de sua casa, é necessário estipular o que você ganha por mês, especialmente se você for chefe de família.

Se você ganha um salário fixo, fica mais fácil, mas sua renda flutua, é importante que você faça uma média dos últimos meses e considere também para esse cálculos aquelas temporadas em que você fatura mais ou menos do que o habitual.

Caso você possua outras fontes de renda, especialmente as fixas, você também deve incluir nessa definição de ganhos pessoais.

2. Inclua a renda familiar

Nada de usar unicamente seu dinheiro. É lógico que você não precisa obrigar seu filho a trabalhar ou coisa do tipo, para assim, ele também ter uma renda.

Mas, caso haja mais pessoas que recebam algum valor mensal, tenha uma conversa e estipule quanto dele pode entrar no orçamento familiar.

Se os outros membros da família não tiverem renda fixa, faça como orientamos anteriormente, e calcule a média de ganhos da pessoa.

É importante que todo mundo que possa contribuir, contribua, assim fica mais fácil de gerenciar os gastos e evita situações de inadimplência como corte de internet, por exemplo.

3. Com o que sua família gasta?

Lembra da distinção entre orçamento pessoal e familiar. Aqui ela é muito importante. Estime seus gastos pessoais e também peça que os outros membros da família façam o mesmo.

Essa é uma das dicas práticas de orçamento familiar: separar o que cada um gasta consigo e o que é gasto doméstico.

Faça esse levantamento e inclua tudo. Tudo mesmo! Até aquele cafezinho que você costuma tomar todos os dias na hora do almoço.

4. Definir gastos fixos

Depois de definidos o que são os gastos pessoais e os gastos com a casa, é o momento de olhar diretamente para aquilo que faz parte das despesas domésticas. Você deve estipular quais são as despesas fixas.

Algumas delas são com alimentação, vestuário, contas de internet, luz, água e telefone. Dentre essas citadas, podem existir outras, tudo vai depender das despesas de sua família.

Alguns gastos, ainda que fixos, podem sofrer variações, como o supermercado ou conta de telefone, por isso, faça uma média deles e faça um esforço para que não saia muito do esperado.

5. Defina possíveis gastos variáveis

Algumas despesas são mais eventuais, como um medicamento ou um gasto com lazer. Mas é bom que você também defina esses pontos para compor seu orçamento. Geralmente é com essas coisas que a vida financeira começa a sair dos trilhos.

6. Balanço de entradas e saídas

Depois de ter definido a renda familiar e o que é gasto por todos os componentes e pela casa, você deve fazer um balanço. Reflita se o valor total arrecadado por toda a casa é compatível com os gastos totais.

É preciso que eles estejam abaixo da renda de todos da casa.

7. Faça uma média

Faça uma média daquilo que entra e sai. Depois de somado tudo, faça o cálculo criando a estimativa mensal daquilo que se ganha e se gasta em sua casa.

8. Ajuste

Vamos lá, as despesas são maiores que os ganhos? então vamos ter que ajustar. Você deve cortar algumas coisas se necessário.

Em alguns casos, as despesas ficam no limite dos ganhos. Se esse for o cenário, também é fundamental ajustar os ponteiros, pois o ideal é sobrar dinheiro para criar uma reserva de emergência que cobrirá imprevistos que possam vir a surgir.

9. Escolha uma ferramenta para te ajudar

Quando falamos de dicas práticas de orçamento familiar, não podemos deixar de mencionar as ferramentas para colocá-las em prática. Escolha algum formato para tornar esse balanço para torná-lo mais visual e mais objetivo.

Você pode usar um lápis e um caderno, se for do tipo mais clássico. Mas se você gosta de facilidade, pode escolher dentre uma série de aplicativos no mercado para controlar as despesas.

10. Defina metas

É importante ter objetivos para a família. Não faça nada sem pensar muito bem. Defina uma meta para adquirir coisas para sua casa. Por exemplo, se vocês querem trocar a TV por um modelo mais novo, coloque como um objetivo claro para todos.

Isso é importante, pois coloca isso como uma responsabilidade que exigirá esforço e comprometimento de toda família.

11. Guarde parte dos ganhos

Guardar parte dos ganhos familiares é muito importante.

Essa prática irá ajudar a sua família em dois pontos. A primeira diz respeito a criação de uma reserva de emergência para gastos importantes e inesperados, evitando endividamentos. O outro ponto é para a realização das metas.

No exemplo da TV, por exemplo, você deve definir quanto deve ser guardado e por quanto tempo por toda família para conquistar o objetivo.

12. Seja rigoroso

Ser rigoroso e bem fiel ao planejamento é fundamental. Não deixe de sempre lançar todos os gastos e fazer os reajustes necessários para aquele momento. Só com muito foco e responsabilidade é possível ter um orçamento familiar saudável.

Conclusão

No texto de hoje, você aprendeu 12 dicas práticas de orçamento familiar. Se você colocá-las em prática, com certeza, terá uma vida financeira mais saudável.

Você já usa alguma dessas dicas com sua família? Conte para gente nos comentários! Se tiver alguma dúvida não deixe de nos mandar.

Nos vemos no próximo post! Até lá!