Já falamos aqui da importância de falar sobre finanças com a sua família. Esse tópico é muito importante para que todos estejam juntos no mesmo barco e remando na mesma direção.

Esse é um assunto que é tabu em muitos lares, mas a falta de diálogo pode fazer com que as consequências sejam desastrosas.

Isso acontece no prazo mais imediato como no acúmulo de dívidas e da falta de metas para conquistar objetivos em comum. Mas o que nem todo mundo sabe é que não conversar sobre dinheiro pode prejudicar muito as crianças.

Se as finanças estiverem desequilibradas, por exemplo, isso pode fazer com que os pequenos cometam os mesmos erros de seus pais e arraste uma herança ruim de problemas como o manejo da grana.

Por isso, falar sobre finanças é muito importante desde quando a criança é bem pequena. Lógico que cada faixa etária vai exigir uma abordagem diferente.

Imagina falar sobre juros com uma criança de 4 anos? Porém, com a linguagem adequada, esse tema deve virar uma pauta constante em sua família.

A necessidade é grande, pois muitas crianças não sabem o que é necessário para ter dinheiro e como gastá-lo adequadamente, levando em consideração que muitas despesas são prioritárias. Parece ser algo difícil para começar a aplicar, mas pode ser mais simples do que você imagina.

Por isso, nós, da GETG, decidimos dar 3 dicas para seu filho aprender a valorizar o dinheiro. Para além da ideia do porquinho para guardar dinheiro, você pode incluir suas crianças nas discussões sobre dinheiro que fará em sua casa.

Quer conhecer as dicas? Então continue com a gente!

Dica 1: Rotina de compras e consumo

Uma parte importante para o seu filho aprender a valorizar dinheiro é envolvê-lo na rotina de consumo da família. Normalmente, eles ficam a parte desses momentos, o que pode ser bem prejudicial. É fundamental que as crianças acompanhem os pais, pois, naquele momento, podem aprender muito sobre educação financeira.

Pode ser que você esteja desanimado agora, pensando: “ai, levar meu filho ao supermercado, ele vai pedir tudo e vou ter que ficar explicando”. Pois é, essa dica é simples, mas exige muita, mas muita paciência. Aqui, é o momento de você mostrar a relação entre dinheiro, consumo e prioridade.

Provavelmente, assim que vocês entrarem no local da compra, seu filho ou filha vai falar algo como “compra para mim?”, “eu quero” e por aí vai. Alguns até pode ser que fiquem frustrados e chorem, mas não se preocupe, é normal.

Nesse momento, você vai usar muito sabiamente aquele ditado “querer não é poder”, de uma forma gentil e menos irônica que seus pais usavam com você.

Não diga simplesmente “não vou comprar, não posso”. Explique que você recebe uma renda que dá para comprar tais e tais coisas e você precisa priorizar isso.

Fale também que para ter esse dinheiro você precisa trabalhar para só depois receber, assim você mostra ao seu filho o valor do dinheiro.

Dica 2: Ensine o valor do trabalho

Na dica anterior, mostramos a importância de mostrar ao seu filho que o dinheiro é consequência de um trabalho. Essa premissa também se encaixa aqui. É importante que você diga ao seu filho que está saindo para trabalhar e reforce de onde vem o dinheiro na hora das compras.

É bom estabelecer essa relação e deixá-la bem clara para aplicar o próximo passo.

Depois, a depender da idade do seu filho, você pode direcionar alguma tarefa para ele e remunerá-lo com uma quantia condizente com a idade e a atividade. Só que é preciso ter um cuidado especial nessa parte.

Há coisas que são obrigações da criança e você não pode pagar para ela fazer isso. Por exemplo, o dever de casa, ou respeitar os mais velhos, você não deve acordar dinheiro em troca da execução dessas tarefas e o hábitos de boas maneiras.

A ideia não é “comprar” seu filho, mas dar tarefas que fazem sentido na rotina da casa. Por exemplo, cuidar das plantas. Quando o seu filho ficar maior, você pode incentivar outras coisas como vender alguma coisa para os colegas, algo que ele fez como um artesanato ou um doce.

Dica 3: Deixe a criança lidar com o dinheiro

Muitas pessoas não deixam crianças tocarem no dinheiro, pois acham que é um assunto que não pertence ao universo delas. Outros porque consideram como algo sujo.

De fato, o dinheiro pode ser sujo, mas nada que um álcool ou um sabonete na mão não resolvam. Quanto ao primeiro exemplo, precisamos dizer que se trata de um tabu. Toda a vida na sociedade é pautada em aspectos econômicos e elas precisam acompanhar desde cedo.

Para seu filho dar valor ao dinheiro, explique a diferença entre notas e moedas e seus valores. Mostre, por exemplo, o poder de compra de um valor específico, por exemplo, a nota de 10 reais que ele ganhou realizando a tarefa que demos como dica anteriormente.

Quando ele estiver maiorzinho, apresente as outras formas de pagamento e suas implicações. Isso é muito importante para educação financeira de crianças para que elas tenham uma relação mais saudável e naturalizada com o dinheiro.

O mais importante é o exemplo

Para seu filho aprender a valorizar o dinheiro, você pode usar todas as dicas que demos, colocar ele até em um curso de educação financeira. Mas nada disso irá adiantar se você não tiver um comportamento financeiro saudável.

As crianças, além de encantadoras, são muito observadoras, estão aprendendo sobre o mundo a todo momento. Então, se elas notarem como você lida com o dinheiro, provavelmente irão reproduzir tal qual você faz. Para o seu filho, você é o modelo de ser humano.

Os pequenos amam demais os pais e veem eles como uma meta a ser alcançada. Não é à toa que vemos filhos comerem coisas parecidas com os pais, usar a roupa da mãe etc.

Por isso, é fundamental que toda a família esteja aplicada em ter práticas financeiras saudáveis. Isso melhora não só a situação financeira atual, mas garante que seu filho aprenda a valorizar o dinheiro e tenha estabilidade no futuro.

Conclusão

Nesse conteúdo te demos algumas dicas para te ajudar na grande (e importante) missão de ajudar seu filho a aprender a valorizar o dinheiro. É muito importante que essa relação comece o quanto antes, assim você garante que seu filho terá ferramentas para ter uma vida financeira mais equilibrada.

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Até a próxima!