Todos os dias, recebemos notícias sobre atualizações tecnológicas, o que pode ser um pouco difícil de acompanhar, às vezes. Mesmo assim, é crucial que estejamos atentos a essas novidades. Uma delas é o Open Banking.

O Open Banking é uma iniciativa do Banco Central, que visa possibilitar que informações sobre o histórico financeiro e produtos sejam compartilhados entre algumas instituições reguladas pelo órgão. Foi especificado que tudo será da forma mais segura, atendendo às vontades do dono da informação, o único que pode solicitar essa troca, com objetivos e períodos específicos.

Seguindo a agenda do banco Central do Brasil, “BC#”, que visa aumentar a competitividade e inclusão do sistema financeiro nacional, o Pix foi um primeiro passo, junto ao Open Banking.

O Open deixará que clientes de serviços de produtos financeiros compartilhem suas informações entre instituições autorizadas pelo banco Central, por meio de várias plataformas.

Leia este artigo, que tem o objetivo de desmistificar esse movimento que está chegando ao mercado. Saiba 5 coisas essenciais sobre o Open Banking.

Você é o dono dos seus dados

É essencial que deixemos claro que o cliente ou cooperado é proprietário de seus dados, como você já deve imaginar. Essa afirmação significa que você como dono dos seus dados, possui o poder único de escolher com quem, quando e como quer compartilhá-los.

Com o Open Banking, as instituições poderão permitir o acesso aos seus dados, tudo de acordo com a sua escolha, mantendo um total sigilo acerca de dados pessoais e informações, o que é protegido com maior segurança.

Essa simples iniciativa facilitará um processo de compartilhamento para todas as vezes que o cliente desejar. Isso significa que, sempre que um cooperado ou cliente quiser um maior limite de crédito, por exemplo, ele poderá conseguir isso, concedendo o acesso do histórico de pagamentos da instituição, para provar que poderia ter esse limite de crédito.

Você poderá apresentar várias propostas de crédito que se adequem ao seu perfil

Com esse serviço de abertura de dados pelo Open Banking, você poderá escolher serviços de instituições e entidades financeiras e bancárias diferentes.

As cooperativas e os bancos que participam desse programa poderão compartilhar dados e informações para uma melhor proposta de crédito caso tenham o consentimento do cliente ou do cooperado. Nada será feito sem a permissão do cliente.

Além disso, os produtos e serviços poderão se apresentar com novas e diferenciadas características, para assim conseguirem proporcionar uma melhor personalização e conveniência para os clientes.

Além de tudo, o Open Banking acontecerá em quatro fases. Entenda todas elas a seguir.

O Open Banking acontecerá em quatro fases

O Open Bank irá incentivar toda e qualquer inovação, assim como o surgimento de diversos modelos de negócio, que poderão oferecer uma experiência eficiente, fácil, segura, ágil e conveniente para seus clientes.

Esse processo estará dividido em quatro fases, sendo todas de uma real obrigatoriedade, apenas para instituições ditas como S1 e S2. Cooperativas como as do sistema Ailos, por exemplo, possuem obrigatoriedade de participar apenas da fase 3.

Você pode conferir como e quando irá acontecer cada uma das fases do Open Banking, acessando o site do banco Central.

Diversos benefícios para o usuário

Com esse serviço do Open Banking, o cooperado ou cliente terá segurança e autonomia, e saberá quem possui acesso aos seus dados financeiros. Também terá liberdade financeira para contratar produtos e serviços de qualquer instituição que queira, com uma forma menos burocrática.

Dessa forma, o mercado deve ter uma evolução, já que existe oportunidade de maior desenvolvimento de serviços e produtos, que já existe uma maior concorrência.

O Open Bank também pretende reduzir qualquer barreira de entrada e acesso a novos produtos e serviços, não pensando apenas nos empréstimos. Dessa forma, você estaria livre para escolher produtos e serviços que deseja comprar, seja de bancos, fintechs ou cooperativas, usando os seus dados cadastrados ou históricos na instituição que você já tem uma conta.

Seus dados serão protegidos por lei

Instituições que participaram do Open Bank deverão oferecer uma solução clara, para que o usuário visualize e compartilhe seus dados sempre que quiser. Tal característica deve ocorrer através de aplicativos de cada um deles. Entretanto, existem outros detalhes que deverão ser definidos nos próximos meses.

Devemos ressaltar que o Open Banking brasileiro funcionar a sobre a regularização do Banco Central e, de forma obrigatória, participarão todas as instituições financeiras que possui um nível S1, ou seja, instituições que possui um porte igual ou maior a 10% do PIB, ou que seja relevante no mercado internacional), e nível S2 (instituições com um porte entre 1% e 10% do PIB), sendo os grandes bancos que, com certeza, você já conhece.

Outras instituições, como as cooperativas, possuem adesão voluntária ao Open Banking. A fase 3 é uma exceção sendo obrigatória a todas. Qualquer recebimento ou envio de informações dentro do programa está protegido pela lei N° 105/2001, do sigilo bancário que proíbe o compartilhamento ou vendas de dados do cliente para terceiros, sem autorização dos titulares.

A estrutura de todo o projeto Open Banking também possui proteção da lei Geral de Proteção de Dados, de N° 13.709/2018), abrangendo várias áreas além da hora financeira, o que permite a autonomia para o seu cliente em relação aos seus dados.

Tópico bônus: O movimento é baseado em troca

Por fim, deixarei um tópico bônus sobre o assunto para vocês. Quando o cliente quiser compartilhar dados da sua instituição atual para uma nova assim, a instituição em questão poderá ter acesso aos dados dessa nova instituição.

Na prática, a sua instituição só poderá receber qualquer dado de outras se puder compartilhar com os demais, o que seria justo com todas elas.

Assim, toda ou qualquer empresa que aderir ao Open Banking terá seu direito de receber os dados dos concorrentes, e também terá que compartilhar os seus quando os clientes permitirem.

Todas as instituições que participaram do Open Banking estão sujeitas a fiscalizações feitas pelo Banco Central, para garantir toda a segurança no processo. Caso alguma instituição não siga as regras do programa, elas receberão multas, assim como proibição de algumas operações e exclusão da empresa do Open Banking além de outras posições, previstas na lei N° 3.857/17.

Espero que você tenha gostado das informações nesse ativo. Por favor, compartilhe com seus amigos e familiares, para que saibam tudo sobre o Open Banking. Obrigado, e até a próxima!