Apesar de ser considerado um serviço essencial para muitos brasileiros, muita gente não consegue pagar um plano de saúde sem o orçamento ficar apertado. Por conta disso, sempre surge uma pergunta: “mas será que o plano de saúde vale a pena?

Com saúde não se brinca. A pandemia tornou esse assunto o foco da atenção mundial, sem sombra de dúvidas. Inclusive, uma pesquisa da VOX Populi mostrou que esse assunto também é preocupação de muitas pessoas.

O estudo mostra que planos de saúde estão no TOP 4 itens mais sonhados pelos brasileiros, são eles: imóvel próprio, educação, plano de saúde e automóvel. 85% dos entrevistados dizem que ter um plano de saúde é algo fundamental.

Mas em contrapartida, a mesma pesquisa mostra que cerca de 41% das pessoas entrevistadas tiveram que cancelar o serviço por conta do valor das mensalidades e também por conta do desemprego.

É sobre isso que iremos discutir hoje. Vem com a gente que vamos te ajudar a pensar e encontrar alternativas para te ajudar nessa missão.

Vamos lá?

Vale a pena ter um plano de saúde?

Como já comentamos, muita gente se questiona se vale mesmo a pena ter um plano de saúde ou é melhor juntar um dinheiro e usá-lo caso haja algum problema. Confessamos que essa é uma pergunta muito difícil de responder.

Ela pode variar de acordo com as suas necessidades, o seu orçamento, o que você considera importante, além de como é a sua condição de saúde atual.

Mas mais do que pensar no agora, essa é uma decisão que inclui pensar no futuro.

Por exemplo, vai que algo aconteça, ninguém está livre, não é mesmo? Vai que você precisa de uma operação de emergência… esse serviço pode chegar até 100 mil reais.

Pode ser que você nunca precise disso, estamos torcendo, mas concorda que a prevenção é o melhor remédio?

Se você pensa dessa maneira, um plano de saúde é uma boa escolha. Mas para conseguir tomar a decisão que melhor concilie custo e benefício, você precisa estar atento a alguns detalhes que iremos te mostrar agora.

1. Pesquise muito antes de contratar

Você já deve saber, mas o preço do plano de saúde varia de acordo com vários fatores: idade, comorbidade, área de abrangência e por aí vai.

Sem contar que varia também de operadora para operadora. Por isso, você deve investir em pesquisa! Pesquise bastante, compare um plano com o outro.

Não só em preço, ok? Mas em relação também ao que ele cobre. Planejar é fator fundamental para boas escolhas.

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que é responsável por regulamentar os planos de saúde, inclusive, tem uma lista comparando os planos que estão disponíveis no Brasil.

Ela compara as melhores opções dentro de uma mesma modalidade.

Além de inserir seus dados pessoais, você pode filtrar os resultados e comparar 3 planos por vezes. Confira os itens que você deve informar ao fazer a pesquisa na ferramenta:

  • Estado e município de contratação;
  • Tipo: individual/familiar, coletivo por adesão ou empresarial;
  • Cobertura: quais serviços você deseja que o plano tenha (ambulatorial, internação, odontologia, obstetrícia, etc);
  • Abrangência: nacional, estadual, municipal, etc;
  • Acomodação: quarto particular ou enfermaria;
  • Coparticipação: com ou sem.

Vamos esclarecer alguns pontos que você já deve saber, mas não custa nada relembrar. Planos de enfermaria costumam ser mais baratos.

Atualmente, a maioria dos hospitais tem enfermaria com menos leitos, já não é mais aquela coisa de 20 pessoas no mesmo lugar como antigamente na maioria deles. Por isso, ela pode ser uma boa opção para economizar.

Os planos com coparticipação também costumam ser mais baratos. Mas você precisa ver se realmente é melhor para você. Nesse tipo, você paga uma parte, já tabelada, por consultas e procedimentos.

Veja qual a sua necessidade para descobrir qual tipo é mais econômico para você. Quem usa muito, talvez tenha mais vantagem no sem coparticipação, mesmo sendo mais caro.

Saiba quais são as suas reais necessidades

Você precisa identificar quais os tipos de serviço que você utiliza. Quais são mais próximos, frequência das suas idas ao hospital, se tem algum problema de saúde, etc. Assim, você consegue identificar as suas necessidades e fazer uma escolha mais certeira.

Você deve, para isso, se fazer alguma perguntas como as que vamos te mostrar aqui:

  • Quais são os hospitais e clínicas mais próximas que possuem uma estrutura dentro do que preciso?
  • Preciso de um acompanhamento por conta de uma condição pré-existente?
  • De quanto em quanto tempo vou ao médico?
  • Vou incluir alguma outra pessoa como dependente?
  • Há alguma comorbidade na minha família?
  • Qual é a minha necessidade de cobertura?

Essas perguntas são bem importantes. Por exemplo, se você for uma pessoa que viaja muito para fora do seu estado para trabalhar, não deve contratar um plano com abrangência apenas em seu município, como vive se deslocando, você pode precisar enquanto estiver fora.

3. Como estão suas finanças?

Vamos fazer um escaner das suas finanças? Você sabe exatamente quanto recebe e o quanto gasta mensalmente? Se a resposta é não, temos um problema.

Não só porque você deseja contratar um plano de saúde, mas sim porque essa é uma prática fundamental para a saúde financeira.

Para saber para onde e como está usando a sua grana, você deve seguir alguns passos:

  • Pegue o extrato dos últimos 3 meses da sua conta bancária;
  • Vá anotando tudo: o que recebeu e o que gastou;
  • Separe em despesas variáveis como a conta de luz, e em fixas como o aluguel;
  • Divida as despesas em categorias: transporte, medicações, alimentação, financiamentos, etc;
  • Depois de fazer esse diagnóstico, você vai saber o quanto da sua renda vai para esses gastos. Além de descobrir quais são as despesas desnecessárias.

Assim, você consegue ter uma visão geral do quanto poderá gastar por mês com o plano de saúde sem comprometer seu orçamento.

É bem interessante fazer uma tabela ou usar algum app e acrescentar o plano de saúde como despesa fixa.

4. E a reserva de emergência?

Lembra quando falamos que algumas pessoas preferem criar uma reserva de emergência para usar com gastos médicos quando surgir uma necessidade?

Pois é, não é porque você irá fazer um plano de saúde que precisa desconsiderar isso, ok?

Você ainda precisará incluir no seu orçamento a criação da reserva de emergência, para isso, ter um valor para passar alguns meses sem a necessidade de renda.

Assim, caso surja alguma EMERGÊNCIA (em caixa alta, pois não é para gastar se não for isso, ok?), você poderá usar esse valor.

Essa emergência pode ser um gasto inesperado ou a necessidade de suprir despesas básicas, pois ficou sem a renda mensal.

Ela deve corresponder a cerca de 6 meses do seu custo de vida. Em caso de funcionários públicos, 4 meses já é suficiente.

Lembrando que não é 6 vezes (ou 4) do que você recebe, mas sim do seu custo de vida, que deve ser menor do que o seu salário, ok? (Equilíbrio é palavra de ordem!)

No nosso site, temos um post com tudo que você precisa saber para montar sua reserva de emergência. Depois de ler esse conteúdo sobre plano de saúde, dê uma passadinha lá e fique por dentro – informação é tudo!

Conclusão

Plano de saúde vale a pena? Vale sim! Pode parecer um gasto desnecessário, pois talvez você não precise agora.

Mas se precisar, verá como fará falta. Não espere esse momento acontecer, heim? Organize e planeje suas finanças e contrate um plano de saúde para você.

Se tem dúvidas sobre esse conteúdo, é só mandar uma mensagem pra gente!

Até a próxima!