A pergunta é: o preço dos carros está tão caro? Prepare-se para a leitura, pois iremos te mostrar cinco motivos que levaram à alta do preço dos veículos. Nós estamos sentindo na pele os efeitos da pandemia do novo coronavírus há bastante tempo.

O isolamento, as restrições… Tudo isso tem impacto sobre o nosso corpo. Mas o bolso também sente fortemente este novo tempo. Se você deu uma olhada nos preços de carros (novos, usados ou seminovos) recentemente, percebeu isso.

A pandemia nos ensinou lições financeiras importantes, mas quem procura realizar o sonho de comprar um carro ou deseja trocar aquele que já tem está passando por dificuldades. Isso porque os valores praticados por concessionárias, revendedoras e lojas multimarcas estão para lá de salgados.

Desde que chegaram em peso ao mercado nacional, décadas atrás, os carros são queridinhos dos brasileiros. Seja para passeios em família ou compromissos profissionais, eles se tornaram parte da paisagem. Nos últimos anos, em especial, o poder de compra do cidadão médio subiu e o veículo ficou mais popular.

Agora, a realidade é outra. A maioria de nós, brasileiros, não pode comprar um carro. Os tempos de procura nas páginas dos classificados do jornal parecem ter ficado para trás.

Vamos começar?

1. Baixo estoque de carros usados e seminovos

Você já tem um carro? Se sim, é provável que saiba o quanto gasta com ele. Economizar no combustível, por exemplo, virou uma regra. Além disso, já deve estar ciente de que trocar o seu veículo não é um luxo, mas uma necessidade.

E sobre a lei de oferta e procura, você sabe? Funciona assim: se há alta demanda por determinado produto, os preços dele se elevam. O oposto acontece em caso de baixa demanda ou oferta excessiva.

Mas e nos casos em que o estoque das lojas está abaixo do normal? Bom, a regra se aplica de certa forma. Quer uma prova? Com a crise financeira em decorrência da pandemia da covid-19, o poder de compra dos brasileiros diminuiu.

Como resultado, vender o carro usado e adquirir um novo está cada vez mais incomum. Os pátios das concessionárias e revendedoras estão cada vez mais vazios.

A esta altura, você já deve estar pensando: “Se não há quem compre, as concessionárias deveriam abaixar os preços”, certo? Errado. Apesar de fazer sentido, nós explicamos o motivo dessa confusão para você. Um menor número de consumidores está disposto (leia podendo) a trocar o veículo que possui. Como consequência, as lojas não têm condição de repor um produto que é vendido com tanta facilidade.

A dificuldade em repor os carros usados ou seminovos nas concessionárias faz as lojas subirem o preço do produto. Isso, de certa maneira, significa também menos vendas (afinal, o poder de compra está lá embaixo, né?).

No bingo da compra de carros, a pedra cantada é a que permite que os lojistas mantenham seus negócios. Pagarem funcionários e as despesas básicas de todo negócio. Pois é, a coisa pegou para todo mundo.

O primeiro motivo é esse: estoque reduzido = lojistas passando aperto e precisando manter os negócios.

2. Crise dos semicondutores

Você sabe o que são semicondutores? Eles são materiais, geralmente importados, utilizados na fabricação de chips que tem serventia desde o mercado da telefonia até a indústria automobilística.

E o que isso tem a ver com a alta do preço dos carros? Tudo! A crise sanitária provocada pela covid-19 pegou todo mundo de surpresa. Inclusive as fabricantes dos chips semicondutores. Elas estavam investindo em diversificar o portfólio.

De repente, bum! Estoura a pandemia. Mais pessoas trabalhando em casa e a demanda por semicondutores cresceu muito. Outra explosão foi a consequente falta do produto para o mercado automobilístico. Além disso, fatores da economia global tiveram influência nesse resultado.

O estrago foi tanto, que algumas montadoras decidiram parar a produção de certos veículos em 2021. Esse é o caso do Chevrolet Onix – modelo mais vendido do Brasil dos últimos anos.

E aí você já sabe, né? Quem sente os efeitos disso? O bolso do consumidor, claro. Com poucos veículos novos disponíveis, o preço praticado para esses produtos foi para as alturas!

E não são só os carros novos, viu? A inflação é cruel. Com os 0km em falta no mercado, os valores dos veículos usados ou seminovos inflacionou. E, nessa, todo mundo (nós, consumidores) saiu perdendo.

3. Instabilidade econômica

Esta aqui parece óbvia. Mas não é tanto. Sim, é verdade que já estamos convencidos do quão nocivo o momento está para os nossos bolsos. Mas a instabilidade econômica afeta o mercado automobilístico de modos específicos.

Vamos começar do início. Você já parou para se perguntar quem realmente foi afetado pela crise econômica em razão da pandemia de covid-19? Informalmente, dizemos ser “todo mundo”, mas o buraco é mais embaixo.

Há quem conseguiu preservar seu patrimônio e até seu poder de compra. Aliás, alguns até aumentaram a própria renda. Pode acreditar, seja por razões comportamentais ou outras, tem gente que pode comprar um carro com muita tranquilidade.

Sabe quem volta a operar nesse caso? Ela mesma: a lei de oferta e procura. Nos itens anteriores, nós basicamente falamos sobre como o estoque de carros novos, usados ou seminovos está baixo. Mas ainda há a procura por parte daqueles que podem comprá-los.

O resultado é um só: os carros ficam ainda mais caros. Mas não é mesmo implacável essa tal de oferta e procura?

4. Tributação

Veja só, quem está no nosso item quatro. Ele mesmo: o temido imposto. Sim, leitor, queira você ou não, a tributação é parte da nossa rotina. Ela está, inclusive, embutida nos produtos que compramos.

Ninguém gosta de pagar mais caro, isso é um fato. Outro fato, mas que pode passar despercebido, é que boa parte da renda da federação, estados e municípios vem dos impostos. Se a economia nacional vai mal, uma das saídas é…? Adivinha!

Alguns estados elevaram a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Isso por si só deixa o preço dos carros mais caro, evidente. Mas não só isso.

Como na economia tudo está interligado, o caso de São Paulo merece destaque. O estado aumentou a alíquota do ICMS, elevando os preços dos carros em todo território nacional.

Isso aconteceu porque o estado de São Paulo é o maior produtor de veículos do Brasil, com produção equivalente a mais de 40% do total. Com uma relevância dessas, os preços praticados em todo país subiram.

Viu só? Tudo está interligado.

5. Preço dos insumos

Já ouviu falar sobre a crise hídrica? Nós apostamos que sim, pois a conta de luz não perdoa. Mas saiba que não é só na sua casa que a energia ficou mais cara. A indústria também sente esse efeito.

O valor final de um produto depende de vários fatores. Sobre um deles, nós falamos acima (tributação), e agora trataremos de outro: os custos de produção. Afinal, se a sua conta de luz está cara, imagina o quanto uma fábrica está gastando.

E não é só a energia elétrica. Quem vai comprar um carro, também pagará pela alta nos preços de vários insumos. Os semicondutores entre eles, mas não somente. O aço, uma das principais matérias-primas dos veículos, subiu 61% em um ano!

Ah! Não podemos nos esquecer do quanto custa a logística dos automóveis e suas peças. Não dá para transportar um carro de Uber, não é mesmo? O frete aéreo subiu 115% em comparação com o ano passado. Já o marítimo aumentou 339% no mesmo período.

É de doer o bolso!

Conclusão

Não é mole não, meus amigos. A crise sanitária gerou muita confusão. Sobretudo aos bolsos, né? Acima, nós listamos cinco razões para o aumento do preço dos carros novos, seminovos e usados.

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Até mais!