A Renda fixa se tornou bastante popular nos últimos anos, principalmente para quem quer investir e descobriu que é uma opção bem mais atraente que a conhecida poupança.
Sua funcionalidade não é complexa de se entender, mas para investir é importante observar características para escolher o investimento que mais se adequa às suas necessidades.
Para aproveitar a sua rentabilidade é importante saber como fazer investimentos com segurança e se eles realmente valem a pena. Existem dúvidas?
Quer saber mais sobre a renda fixa? Vou te ensinar o que é importante sobre essa forma de investimento. Continue a leitura para ficar por dentro de tudo!
O que é renda fixa?
A renda fixa é uma modalidade de investimentos, onde a rentabilidade do título é definida no momento da contratação.
Normalmente ela é procurada por iniciantes do mundo dos investimentos.
Como funciona a remuneração da renda fixa?
Apesar desse investimento ter o nome de Renda Fixa, nem sempre a remuneração será a mesma.
O que acaba confundindo um pouco quem está investindo. Os títulos terão a remuneração de acordo com o índice de qual título estiver atrelado a ele.
O significado real da renda fixa é que ela é usada para definir como será feito o cálculo da remuneração, e não que o investidor irá receber uma renda fixa.
Quais as características da renda fixa?
Confira agora as principais características da renda fixa antes de fazer seu investimento:
Segurança
Todos os títulos de renda fixa são divididos entre públicos e privados, os títulos públicos são considerados como as aplicações mais seguras a se fazer por serem créditos soberanos.
Por sua vez os títulos privados possuem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). A segurança dele se mantém para recursos aplicados até 250 mil por instituição financeira ou CPF.
O teto global em bancos diferentes para cada CPF é de 1 milhão, então, caso você queira investir mais de 250 mil, o ideal é separar os recursos em diferentes instituições.
Lembrando que, alguns títulos privados não possuem proteção, como o CRI, CRA, fundos de renda fixa e Debêntures.
Tributação da Renda Fixa
Em sua grande maioria, os títulos de renda fixa fazem parte da cobrança de tributos pelo Imposto de Renda e o IOF.
Mas, existem algumas exceções, entre elas estão o CRI, CRA, fundos de renda fixa e debêntures, que não são tributados.
A tributação sobre a renda fixa é definida a partir da remuneração de forma regressiva quando o resgate do título for feito.
Prazos de Investimento
São diversos tipos de títulos de renda fixa existentes, por esse motivo é fácil encontrar aplicações que podem ser retiradas quando o investidor quiser, como no caso da CDB de liquidez diária.
Também estão disponíveis títulos com prazos prolongados, como o Tesouro IPCA, que conta com juros semestrais 2050, o que significa que o título só pode ser resgatado no ano de 2050.
Vale lembrar que, nem sempre os resgates antecipados dos títulos oferecem uma boa remuneração.
Remuneração da Renda Fixa
As principais características da renda fixa é a facilidade de previsão da remuneração, mesmo que a taxa de rentabilidade não seja fixa, todas as regras são definidas quando se contrata o título.
As remunerações se dividem em três categorias, sendo elas, os juros prefixados, juros pós-fixados e a renda fixa híbrida.
Tipos de investimento em renda fixa
Podem ser feitas diversas aplicações diferentes, mas suas características se mantêm similares.
Esse investimento atende perfis distintos de investidores, desde os conservadores aos mais arrojados, com os títulos públicos e privados.
Entenda melhor quais são os títulos de renda fixa:
Títulos públicos
As diferenças entre cada título são basicamente os prazos de resgate e qual a remuneração que cada um deles vai oferecer ao investidor.
Tesouro Selic
Com o Tesouro Selic o investidor conseguirá resgatar o título quando achar necessário, porque a sua liquidez é diária.
Essa rentabilidade é atrelada à taxa de juros básica da economia. Quanto maior for a taxa Selic, mais retorno o investidor terá.
Por isso ele é recomendado para ser investido na reserva de emergência dos investidores.
Tesouro Prefixado
Com o Tesouro Prefixado, a remuneração será definida no ato da contratação deste título, por esse motivo é importante manter o título até o final.
Esse título é ideal para o investidor que preza por segurança e certeza do que irá receber no final da sua aplicação.
Tesouro Prefixado com juros semanais
Para investidores que buscam por certeza nos valores recebidos, o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais é bem parecido com o Tesouro Prefixado.
O investidor não precisa aguardar até o vencimento para resgatar o seu título, podendo receber seus rendimentos de seis em seis meses, que são definidos como cupons semestrais.
Uma boa estratégia para o investidor que busca por uma renda extra semestral.
Tesouro IPCA+
Considerado híbrido, o Tesouro IPCA + costuma ser usado por investidores que querem proteger o seu patrimônio da inflação, e ainda sim receber os juros.
Com o IPCA + o investidor irá pagar uma taxa de juros fixa mais o IPCA.
Tesouro IPCA+ com juros semestrais
Esse título público é bem semelhante ao Tesouro IPCA +, o que diferencia os dois é a remuneração, que é paga de seis em seis meses. É outra opção para os investidores que optam por rendas semestrais.
Mas é importante lembrar que títulos com remuneração semestral sofrem incidência do Imposto de Renda a cada pagamento recebido.
Títulos privados
Um dos investimentos mais populares da renda fixa é o CDB (Certificado de Depósito Bancário).
Com ele o investidor faz um empréstimo para o banco, recebendo em troca juros da aplicação pelo período estabelecido.
O CDB também possui garantia do FGC, o que garante segurança nas aplicações de cada investidor, e a sua remuneração segue sendo híbrida, prefixada ou pós-fixada.
CDB
Em relação ao prazo, é possível que o investidor faça aplicações em títulos superiores a 3 anos, com possibilidade do CDB de liquidez diária também.
O CDB poderá ter tributação do IOF em alguns momentos e também do Imposto de Renda.
LCI/LCA
Os títulos LCI e LCA ajudam nos financiamentos dos bancos, e são bem semelhantes ao CDB, eles alimentam o agronegócio e o crédito imobiliário.
Esses títulos possuem a proteção do FGC, e contam com a vantagem de não sofrerem incidência do Imposto de Renda. Mas, a sua remuneração é inferior aos demais títulos.
Levando em consideração que o Imposto de Renda não é descontado, é uma excelente opção para investidores que não buscam altas remunerações.
CRI/CRA
Outros investimentos que não sofrem incidência do Imposto de Renda são o CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliário) e o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio.
Os recursos desses títulos são destinados ao setor imobiliário e ao agronegócio, mas o FGC não dá garantia a eles.
São poucos os títulos dessa modalidade no mercado, e sua remuneração é híbrida ou pós fixada.
Debêntures
Os debêntures são usados como instrumentos de captação dos recursos que as empresas usam para financiar projetos.
Esses títulos são emitidos com a finalidade de dar uma alternativa ao financiamento bancário e de acionistas.
Em algumas categorias o investidor não precisa pagar IR, como nas debêntures incentivadas.
As possíveis rentabilidades desses títulos são pré ou pós fixada e híbrida, vai ser de acordo com a empresa que fizer a emissão do título.
Fundos de renda fixa
Ao contrário do que muitos pensam, os fundos de renda fixa não possuem uma renda fixa, e sim um veículo de investimentos de produtos da renda fixa, como por exemplo o CDB e o Tesouro Direto.
Com esse fundo, quase todo patrimônio líquido é aplicado nas cotas de investimento e diretamente em títulos públicos e privados.
Quando o investidor adquire esse tipo de título ele vira cotista, tendo um gestor que fica por conta dos bons ativos da renda fixa.
Esteja sempre atento aos fundos que possuem taxas de administração alta, com eles o retorno para os cotistas se torna baixo.
Letras de câmbio
Semelhante ao CDB, a LC (Letra de Câmbio) em sua grande maioria são títulos híbridos e pós fixados.
Como principal diferença, a LC não é emitida por bancos, mas pelas financeiras, ao contrário do CDB.
As Letras de câmbio prefixadas são emitidas em quantidade menor, mas contam com a vantagem da segurança do FGC, assegurando tranquilidade para o investidor.
Assim como a maioria dos títulos de renda fixa, as LCs também podem ser tributadas de forma regressiva pelo Imposto de Renda.
Quanto rende R$1000,00 na renda fixa
Ao aplicar R$1000,00 na renda fixa sobre os juros de 12,75% ao ano no CDB ou Tesouro Selic durante um ano, o resgate seria de R$1.088,45 ao fim do prazo.
Esses dois títulos oferecem 100% do CDI durante o período de um ano com incidência do Imposto de Renda de 17,5%.
Dessa forma, o investidor resgataria o valor de R$88,45 já com o desconto dos tributos.
Vantagens
Confira as vantagens em fazer aplicações na renda fixa:
- Diversificação: Para os investidores que estão em busca de diversificação nos investimentos, a renda fixa oferece uma grande variedade de produtos;
- Previsibilidade: O investidor sabe exatamente o que o título trará de remuneração, caso o título escolhido seja o prefixado;
- Segurança: São poucos os títulos que não recebem a segurança do FGC, em sua grande maioria até R$250 mil são assegurados;
- Baixa volatilidade: Os títulos de renda fixa quase nunca sofrem oscilações, o que transparece mais segurança para o investidor nas suas aplicações;
- Rentabilidade: A renda fixa é mais atrativa em comparação a títulos de capitalização e a produtos bancários, como a poupança.
Desvantagens
Todo investimento possui suas desvantagens, e a renda fixa não está isenta. Veja agora algumas delas:
- Carência: Se você está em busca de resgates antecipados saiba que em alguns títulos da renda fixa isso não será permitido. Caso você retire antes do prazo que foi definido, perderá uma parte dos seus rendimentos.
- Risco de resgate: Existem aplicações na renda fixa que não possuem garantia, ou seja, você poderá perder tudo da sua aplicação, como no caso de debêntures, CRI e CRA. O ideal seria investir via fundos.
- Taxas: Como já foi dito, alguns títulos sofrem tributação do Imposto de Renda e do IOF, por isso é sempre necessário fazer uma análise sobre qual aplicação será ideal para o seu perfil de investidor.
- Risco do FGC: Até mesmo as aplicações que são asseguradas pelo FGC não estão livres de riscos. O FGC tem recursos limitados, há possibilidade de em algum momento não conseguir cumprir com o seu compromisso.
Qual a melhor renda fixa para meu perfil?
Todo e qualquer tipo de investidor precisa saber identificar qual a melhor aplicação para o seu perfil de investidor.
Ou seja, o melhor investimento sempre será o que atende às suas condições e necessidades financeiras.
Se você ainda não descobriu qual é o seu perfil de investidor, o nosso artigo pode te ajudar a definir. Veja agora o que é o perfil de investidor.
Afinal, quando vale a pena investir na renda fixa?
Com os ativos, o investidor tem a possibilidade de acumular uma fortuna a longo prazo.
E com o investimento de renda variável os rendimentos podem ser bem melhores que o esperado também em longo prazo.
Dê sempre preferência a uma reserva de emergência, ou, a um fundo que possibilite outras oportunidades de investimento no futuro.