Grande parte da população do Brasil tem problemas na hora de lidar com dinheiro. E isso não seria diferente com os seus pais, certo?

Ninguém está aqui para culpabilizar ninguém, esse não é o objetivo desse post. Mas com os nossos pais aprendemos de tudo: andar, comer, falar, se comportar e por aí vai.

Muitas vezes, esse aprendizado é feito por meio de instruções verbais, mas em outras vezes, a gente acaba aprendendo pelo exemplo e é aí que o bicho pega.

Já falamos aqui em nosso site sobre a importância de se conversar sobre finanças. Só que esse é um assunto muito tabu aqui no nosso país e em outros lugares também.

Então esse tema acaba entrando em um lugar obscuro, em que não há diálogo e aprendizado por meio da conversa sobre acertos e erros.

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, mostrou que pessoas entre 36 e 50 anos apresentavam os mesmo comportamentos financeiros inadequados dos seus país: dívidas, compras impulsivas e não economizando.

Essa realidade não é muito diferente daqui. Nós cometemos erros financeiros similares aos que nossos pais praticaram.

E isso não é culpa do seus pais, ok? Com certeza, eles fizeram o melhor que podiam, com as condições e acesso à informação que tinham na época.

Mas agora que você cresceu já pode tomar as rédeas das suas finanças.

Afinal, hoje temos muitos recursos, desde de conteúdos como o que fazemos aqui na GETG até aplicativos para tornar a prática bem mais simples.

Você deve estar bem curioso e se perguntando: será que eu cometo os mesmos erros financeiros que meus pais?

Você precisa refletir sobre isso para chegar a uma resposta, claro. Mas antes precisamos trocar uma ideia sobre o assunto. Vamos lá?

A diferença entre gerações e a economia

Se seus pais são da década de 70 ou 80, você não sabe a barra pesada que foi. Na época, havia hiperinflação.

Você comprava um arroz pela manhã por um valor e se voltasse ao supermercado à tarde encontraria um valor maior, muito diferente.

Isso criava um senso de urgência muito grande. As famílias tinham que correr e comprar o que precisavam antes que os preços subissem.

A situação econômica era extremamente instável e só foi começar a se estabilizar em 1994 com a criação do Plano Real.

Fora isso, pensar em investir não era uma coisa comum e nem acessível. Para essa geração, a única solução eram as cadernetas de poupança ou investir em imóveis que não sofriam tão absurdamente com a inflação naquela época.

Algumas pequenas mudanças

Depois do Plano Real, as coisas começaram a se estabilizar. Mas só começaram. O fantasma da hiperinflação ainda estava no imaginário de muitos brasileiros.

Com a chegada da internet, a possibilidade de conhecer outros tipos de condutas e investimentos cresceu, o que começou a mudar o cenário.

Mas como o acesso a serviços bancários mais amplos como conhecemos hoje era pequeno, as pessoas ainda eram um pouco mais conservadoras.

Isso somado ao medo de viver um momento de instabilidade econômica como o das décadas de 70 e 80 fizeram a poupança e os imóveis ainda serem os tipos de investimento feitos pelos cidadãos.

A fase de crescimento econômico brasileiro

Na época do governo Lula, houve um crescimento econômico grande.

A renda dos brasileiros aumentou e deu acesso a crédito para compras de bens, pois havia uma demanda muito grande para isso, mas que não podia ser colocada em um plano econômico por conta da instabilidade das épocas anteriores.

Nessa época, nasceu o Tesouro Direto, mas as pessoas não tinham o hábito de poupar e investir dinheiro.

E assim elas acabaram a continuar com os hábitos anteriores. Consumiam muito, pois naquele momento a renda era maior e havia liberação de crédito com mais facilidade, mas não juntavam dinheiro.

Então, o que estava faltando para que as pessoas tivessem comportamentos mais adequados em relação a suas finanças? É sobre isso que falaremos a seguir.

O papel da educação financeira

Nas décadas de 70 e 80, o país passou por um clima de instabilidade muito grande, o que gerou um comportamento de consumo imediatista nas pessoas.

Isso com certeza afetou os seus pais. Depois, ao longo da história econômica do Brasil, a compra também foi incentivada.

Mas sabe o que faltou para essa população? Educação financeira, sem dúvidas.

E quando falamos sobre isso, não estamos dizendo que eles deveriam ter feito cursos ou coisas do tipo.

A Educação Financeira se baseia mais em práticas que você colocará no dia a dia.

Lógico que há escolas que podem te ajudar com isso, mas uma consciência individual e a procura autônoma por informação já são mais do que suficientes.

Nesse aspecto, é importante entender como funciona o dinheiro e toda sua dinâmica. Não é simplesmente recebo e gasto, sabe?

Os seus pais faziam isso, pois vieram de outra geração e de um contexto socioeconômico muito distinto.

A história hoje é outra, então você não precisa cometer erros financeiros similares aos dos seus pais.

Saber quanto se ganha exatamente, levantar as despesas, fazer planejamentos, criar metas e investir são atitudes fundamentais para evitar repetir esses erros e fazer diferente.

Assim, você evitará dores de cabeça e ficará mais tranquilo e com a vida financeira mais saudável.

Além disso, é necessário um pouco de ousadia, pois o cenário nos permite isso. Por isso, comece a investir. Mas antes estude sobre o mercado, as opções de investimento etc.

Conclusão

Neste post, você percebeu que os erros financeiros dos seus pais, basicamente, têm um motivo, certo?

A situação econômica e a falta de educação financeira levaram a comportamentos financeiros pouco ou nada saudáveis.

Mas você pode aprender com eles e se aproveitar de um cenário socioeconômico com mais oportunidades.

Você está com a faca e o queijo na mão, por isso não precisa cometer erros financeiros similares aos dos seus pais.

Estude, planeje, crie metas e invista. Sua realidade poderá ser bem diferente. Então, mãos a obra!

Se precisar de ajuda, é só nos mandar uma mensagem que iremos te ajudar.