Se você faz as compras do mês em sua casa ou ajuda no custeio delas, já deve ter notado que para comprar a mesma quantidade de mercadoria, você está pagando bem mais. Ou na pior das hipóteses, para lidar com a alta de preços, seu carrinho tem cada vez menos coisas.

Flutuações de preço são comuns na economia por diversos fatores, mas ultimamente a coisa está um pouco mais séria. O poder de compra do Real, a nossa moeda, está cada vez mais baixo. E isso afeta muito a vida de todos os brasileiros, especialmente os que não tem uma renda alta.

No post de hoje, iremos conversar um pouco sobre a diferença entre as compras de hoje e um ano atrás.

Vamos lá?

Fatores que aumentam os preços

Antes de mostrar como os preços aumentaram em um ano, iremos te explicar alguns pontos. Levantaremos alguns fatores que levam à alta dos preços. Vem para você conhecer e perceber que o que está envolvido é muito mais do que o preço no próprio supermercado.

  • Oferta: é aquilo que está disponível para venda, ela pode ser alta ou escassa. Quanto menos tiver, maior será o preço;
  • Demanda: é a procura por um certo produto, quanto maior a procura, maior o preço da mercadoria;
  • Relação oferta e demanda: se a oferta é menor que a demanda, os preços costumam subir;
  • Crises energéticas e problemas climáticos: essas questões afetam o custo de produção e a própria qualidade e quantidade de colheitas, o que afeta o preço;
  • Alta do dólar: com o dólar a mais de 5 reais, os produtores preferem exportar os produtos do que vender para o mercado interno. Isso gera menos produtos disponíveis para o mercado nacional, desequilibrando a relação entre oferta e demanda. Da mesma forma, empresas nacionais que precisam de produtos estrangeiros sofrerão com essa alta e o valor será repassado para as mercadorias;
  • Sazonalidade: alguns produtos tem as suas épocas para colheitas mais produtivas, por isso costumam ficar mais baratos nesses períodos. Ao contrário, por estarem com uma produção menor, ficam mais caros;
  • Custo de produção: não só os produtos nas prateleiras estão mais caros, os insumos para produção e fabricação de mercadorias também. Aqui, podemos incluir não só isso, mas outras despesas de empresas como água, eletricidade, transporte e combustível.

Não só esses, mas qualquer intervenção na economia podem fazer os preços aumentarem. Realmente, essas questões que parecem pequenas podem ter várias consequências, inclusive no seu bolso.

Como muitos desses fatores não são possíveis de controlar, é sempre positivo estar preparado para essas baixas no poder de compra, fazendo uma reserva de emergência, por exemplo.

Aumento dos preços nos alimentos

Você já sentiu o quanto o preço dos alimentos subiu, seu bolso, sua conta, todos devem estar reclamando. As coisas estão muito difíceis, mas nem sempre, principalmente por não fazer um orçamento familiar, não temos a real dimensão. Iremos fazer um comparativo entre 2020 e 2021 para você ter uma noção melhor.

Estipulamos um orçamento de 200 reais e iremos te mostrar o que você poderia levar agora e o que levaria no ano passado. Pensamos em itens básicos da cesta básica, incluindo alimentos e produtos de higiene.

Compras em 2020
Total: R$199,80

  • Arroz (5kg): 4 pacotes | R$51,12;
  • Feijão (5kg): 4 pacotes | R$22,12;
  • Café (500g): 3 pacotes | R$20,70;
  • Ovos (dúzia): 3 dúzias | R$21,24;
  • Leite UHT (litro): 5 litros | R$14,00;
  • Frango resfriado inteiro (kg): 3 pacotes | R$23,13;
  • Sabão em pó (kg): 3 pacotes | R$19,05;
  • Limpador multiuso (500 ml): 3 unidades | R$8,52;
  • Papel Higiênico (4 rolos): 3 pacotes | R$11,70;
  • Creme dental (tubo de 90g): 3 unidades | R$8,01.

Compras em 2021
Total: R$199,28

  • Arroz (5kg): 2 pacotes | R$46,68;
  • Feijão (5kg): 3 pacotes | R$22,12;
  • Café (500g): 2 pacotes | R$15,24;
  • Ovos (dúzia): 3 dúzias | R$23,85;
  • Leite UHT (litro): 4 litros | R$13,96;
  • Frango resfriado inteiro (kg): 3 pacotes | R$26,16;
  • Sabão em pó (kg): 3 pacotes | R$19,86;
  • Limpador multiuso (500 ml): 3 unidades | R$9,12;
  • Papel Higiênico (4 rolos): 3 pacotes | R$14,49;
  • Creme dental (tubo de 90g): 3 unidades | R$9,03.

E olha esses preços não tiramos da nossa cabeça, ok? São dados de uma pesquisa feita pelo PROCON-SP e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Com essa listinha, que vamos combinar tem pouca coisa, de um ano para o outro o dinheiro deixou de comprar algumas coisas.

Com o orçamento de até 200 reais, compramos metade do arroz, menos 1 pacote de feijão e 1 de café… Mas você deve estar pensando: “mas e agora o que eu faço? Não sou eu quem controla isso”. Calma, vamos te ajudar.

Dicas para lidar com aumento do preço dos alimentos

Não dá para fazer muita coisa em relação ao fato da inflação estar alta, mas com pequenas práticas, você consegue suavizar um pouco o aumento dos preços dos alimentos. Por isso, vamos te dar 13 dicas para você aliviar um pouquinho o seu bolso.

São atitudes simples que podem fazer a diferença no seu orçamento e te ajudar a economizar em um momento tão difícil economicamente. Vamos lá?

  1. Verifique a sua dispensa: veja o que você já tem. Assim, você evita comprar itens novamente e também o desperdício;
  2. Faça uma refeição antes de sair: ir ao supermercado com fome pode fazer você gastar muito mais;
  3. Faça uma lista de compras: é fundamental que você se atenha ao que é preciso comprar para o consumo diário da família e anote tudo para evitar que você caia em tentações quando for ao supermercado.
  4. Tenha um orçamento: é importante delimitar um teto de gastos para as compras de alimentos;
  5. Use a calculadora: use-a para ver se você se mantém dentro do seu limite de gastos;
  6. Fique de olho nas prateleiras mais baixas: geralmente, tudo que é mais caro está na prateleira na linha do seu olhar, pois acaba sendo o que mais chama atenção. Dê uma pesquisada nas outras opções mais em conta;
  7. Produtos próximos do vencimento: se for para consumo mais rápido (nada de comprar produto vencido), vá à seção de produtos que estão quase vencendo e veja o que você consegue por lá, os preços são mais baixos;
  8. Se o orçamento é baixo, é o produto que te escolhe: selecione os produtos mais em conta que você goste ao invés de investir em outros tipos mais caros.
  9. Sem “economia burra”: não adianta nada comprar mais barato uma coisa que não rende. Por exemplo, um feijão de má qualidade que você vai perder 10% na hora de catar.
  10. Marcas próprias: muitos supermercados têm marcas próprias que às vezes são produzidas por essas marcas “grandes”. São opções mais viáveis sem perder a qualidade. Dê uma chance!
  11. Atacado: com bons preços por atacado, dá para comprar vários produtos com um preço bom e “rachar” com amigos ou familiares;
  12. Se puder vá em mais supermercados e hortifrutis: é bom fazer as pesquisas e ver onde está mais barato e, se conseguir, compre separado nos locais mais em conta.
  13. Descontos: alguns estabelecimentos têm programas de fidelidade se você se cadastrar em sites e aplicativos, é bem interessante usá-los.

Conclusão

Como vimos, há muitos fatores que estão envolvidos no aumento dos preços, causando uma diferença significativa entre as compras de hoje e de um ano atrás.

O pior é que ela afeta produtos básicos e acaba fazendo com que nosso orçamento fique prejudicado. Está todo mundo sentindo no bolso.

Esse aumento não está sob seu controle, mas algumas atitudes podem aliviar a situação financeira. Esperamos ter te ajudado a entender o cenário e o que fazer para enfrentá-lo. Se ainda tiver dúvidas, é só nos mandar uma mensagem, ok?

Até a próxima!